segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Toponimia: Ruas da Figueira da,Foz

ABADE PEDRO (Rua do)Foi assim designada por deliberação camarária de 5-XI-1968. Tem origem na parte superior da Rua Calouste Gulbenkian, a sul, situando-se a nascente do edifício do Museu e Biblioteca, prolongando-se no sentido da Quinta das Olaias, a norte. As primeiras notícias acerca da povoação da Figueira datam de 1096, com a doação do Abade Pedro, feita à Sé Velha de Coimbra, da Igreja de S. Julião, que, diz o documento, "é situada na margem setentrional do Rio Mondego próximo da Praia do Mar".O Abade Pedro nos finais do século XI reedificou aquela igreja que havia sido destruída pelos sarracenos em 717, sendo considerado pelos historiadores como o verdadeiro fundador e povoador da Figueira que dotou de "casas necessárias e boas torres ... todos os edifícios, todas as plantações de vinha e arvoredo, terras cultas e incultas" em que muitos anos depois se transformaria a bela cidade que e hoje a Figueira da Foz.
ABÍLIO DE OLIVEIRA ÁGUAS (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 2-VII-1982. Situa-se a sul da Rua Violinda Medina e correndo paralela com esta no sentido nascente-poente não tem saída, dispondo de uma praceta de retomo. Abílio de Oliveira Águas foi um figueirense muito considerado dentro e fora do país. Desempenhou as funções de cônsul de Portugal em Providence (EUA), onde pugnou por melhores condições de vida para os emigrantes portugueses que demandavam aquele país, tendo sido demitido dessas funções devido às suas ideias democráticas. Em 1957 o Governo Brasileiro concedeu-lhe a Ordem do Cruzeiro do Sul e em 1980 o Governo Português atribuiu-lhe a Ordem da Liberdade.
ACADÉMICO ZAGALO (Rua)Recebeu primeiramente o nome de Travessa Nova, para depois ser Rua da Indústria, e finalmente Rua Académico Zagalo. Fica situada entre a Rua Engenheiro Silva, a sul, e a Rua Cândido dos Reis, a norte, na zona do "Picadeiro", sendo zona pedonal entre as ruas Dr. Francisco António Dinis e Cândido dos Reis. Bernardo António Zagalo, atingiu o posto de marechal de campo. Quando era sargento de artilharia e estudante em Coimbra, ao ter conhecimento que tropas francesas haviam invadido a Figueira, pôs-se a caminho desta cidade à frente de 3.000 populares armados de chuços, lanças, piques e foices, tomando o Forte de Santa Catarina em 27 de Junho de 1808, de onde expulsou os franceses, tendo posto fim ao jugo napoleónico.
ACTOR DIAS (Rua do)Por deliberação camarária recebeu este nome em 28-IV-1960. É também denominada por Travessa, situando-se entre o arruamento envolvente do Coliseu Figueirense, a sul e o troço inferior da Rua Alexandre Herculano, a norte. O actor António Dias Guilhermino nasceu em Mayorca, tendo sido um dos mais notáveis artistas teatrais do seu tempo, fazendo uma brilhante carreira em Portugal e no Brasil. Morreu em plena cena na noite de 25 de Novembro de 1893 quando representava no Porto. No cemitério do Prazo do Repouso daquela cidade foi erigido um mausoléu em sua homenagem, que contém os restos mortais do actor.
ACTOR DIAS (Travessa da Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 24-IV-1960. Tem origem na parte poente da Rua Actor Dias e no seu prolongamento flecte para sul, não tendo saída.

AFONSO DE ALBUQUERQUE (Rua)Corre paralela e entre as ruas Vasco da Gama e Bartolomeu Dias, e como a primeira daquelas, tem origem na Avenida Saraiva de Carvalho, a sul, terminando na Avenida Dr. Francisco Lopes Guimarães, a norte.
AGOSTINHO SABOGA (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 6-V-1996. Localiza-se a partir da Rotunda da Rua Dr.ª Cristina Torres, a sul, prolongando-se até à Quinta das Vaquinhas, a norte, próximo dos Quatro Caminhos. Agostinho da Conceição Saboga foi operário vidreiro que se salientou nas lutas operárias durante o regime salazarista. Funcionário do Partido Comunista foi preso várias vezes pela PIDE, tendo sofrido 14 anos de prisão.
ALBANO DUQUE (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 19-XII-1995. Está localizada na Urbanização da Quinta da Esperança, situando-se entre as ruas Cónego Tomás Póvoa e António Medina Júnior. Albano Correia Neves Duque foi professor de Contabilidade na Escola Industrial da Marinha Grande, cargo de que foi destituído por ter tomado parte no movimento revolucionário de 7 de Fevereiro de 1927. Foi ainda um jornalista de consagrado mérito, tendo colaboração espalhada por diversos jornais da Figueira, Coimbra, Porto e Lisboa.
ALEGRIA (Rua da)Foi o primeiro nome da Esplanada António da Silva Guimarães, e estendia-se desde o Largo do Coronel Galhardo, a sul, e a antiga Rua dos Banhos (actual Rua Maestro David de Sousa), a norte. A designação de Rua da Alegria é agora aplicada ao pequeno troço compreendido entre as ruas Dr. Calado e Maestro David de Sousa, abrangendo a parte traseira do Edifício Atlântico, não tendo saída para esta rua por lhe ficar em plano muito superior.
ALEXANDRE HERCULANO (Rua)Está localizada na zona da Rotunda da Ponte do Galante no ponto de junção da Rua de Buarcos e a Avenida do Brasil, a poente, para finalizar na Rua Joaquim Sotto Mayor, a nascente, ficando no seu prolongamento natural a Avenida Dr. Joaquim de Carvalho.
ALFÂNDEGA (Rua da)Foi conhecida primitivamente por Rua que vai para o Cais. Localiza-se do lado poente do edifício da Alfândega, entre este e o da Caixa Geral de Depósitos, e o seu trajecto situa-se entre o Cais da Alfândega, a sul, e a rua Dr. José Jardim, a norte.
ALFÂNDEGA (Travessa da)Fica situada do lado nascente da Alfândega, sendo o seu percurso compreendido entre o Cais da Alfândega, a sul e a Rua Detrás da Alfândega, a norte.
ALTO DO VISO (Rua do)Corre paralela do lado nascente e em plano mais elevado, com a Rua de Buarcos, tendo o seu início no prolongamento da Rua do Viso, a sul, e terminando no troço inicial da Rua Alexandre Herculano, a norte.
ÁLVARO MALAFAIA (Rua Dr.)Foi assim designada por deliberação camarária de 25-VIII-1981. Situa-se na Urbanização da Quinta do Paço, correndo paralela do lado norte com a Rua Dr. José Rafael Sampaio, no sentido poente-nascente, não tendo saída. O Dr. Álvaro dos Santos Malafaia exerceu advocacia na Figueira onde foi vereador e presidente da Câmara Municipal durante 8 anos, e representante dos municípios na Câmara Corporativa, presidente da Direcção da Aliança Francesa e vice-cônsul da França. Foi um brilhante orador, não tendo porém dado a conhecer os seus escritos em prosa e em verso.
ÁLVARO MALAFAIA (Travessa da Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 26-III-1996. Situa-se na Urbanização da Quinta do Paço, estabelecendo ligação entre as ruas Dr. Álvaro Malafaia e Dr. Rafael Sampaio, a norte da Praça António Sérgio.
ANGOLA (Rua de)Foi assim designada por deliberação camarária de 19-XII-1967. É o prolongamento natural da Rua 10 de Agosto situando-se entre a Rua Heróis do Ultramar, a sul, e a Rua Dr. José Luís Mendes Pinheiro, próximo da antiga Casa da Mãe, a norte. É a maior das ruas do antigo Bairro do Cruzeiro, também conhecido por Bairro da Caixa.
ANTÓNIO LOPES GUIMARÃES (Rua)Chamou-se primitivamente Rua da Saudade, e por deliberação da Câmara Municipal em 16-IV-1914 recebeu o nome actual de Rua António Lopes Guimarães. Antes porém chegou a ser alvitrado que fosse chamada Rua do Hilário, em homenagem a este conhecido estudante de Coimbra, que nos finais do século XIX frequentava assiduamente a praia da Figueira, indo fazer serenatas naquela rua onde costumavam ficar raparigas suas conhecidas daquela cidade. Tem a sua origem na Rua da Fonte, a nascente, terminando o seu percurso na Avenida 25 de Abril, a poente, à qual tem acesso por uma escadaria. O Dr. António Lopes Guimarães fez parte da Companhia Edificadora Figueirense responsável pela construção do Bairro Novo, então chamado Bairro Novo de Santa Catarina, foi deputado do Partido Progressista pelo círculo da Figueira e figura importante da política local do seu tempo. Fez oferta de 6.000 volumes à Biblioteca Municipal da Figueira.
ANTÓNIO MEDINA JÚNIOR (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 15-XI-1994. Situa-se a norte da Rua Cónego Tomás Póvoa, na zona de Urbanização da Quinta da Esperança. António Medina Júnior foi um dos fundadores do Grupo Musical de Instrução Tavaredense de que foi executante como violinista. Radicou-se em Sintra em 1927, onde fundou o "Jornal de Sintra", do qual foi director até à sua morte, colaborando ainda em diversos jornais de vários pontos do país, sendo considerado um jornalista de reconhecidos méritos. Entusiasta propagandista das belezas da Figueira e Tavarede, muito contribuiu pela aproximação destas terras com a então vila de Sintra.
ANTÓNIO PESTANA RATO (Beco da Rua)Situa-se no Bairro da Estação, no lado direito e superior da Rua António Pestana Rato.
ANTÓNIO PESTANA RATO (Rua)Chamou-se primitivamente Rua do Meio, nome por que habitualmente ainda é conhecida. Rua do Meio do Bairro da Estação, ou Rua da Bela Vista, e em 27-IV-1972, foi designada oficialmente por Rua António Pestana Rato. Tem o seu início na Estrada de Mira (E. N. n.° 109) e atravessando o Bairro da Estação segue em direcção ao Bairro da Bela Vista. António Pestana Rato foi um abastado proprietário local que comprou aqueles terrenos que mandou urbanizar, os quais deram origem ao bairro que de início foi conhecido por Casal do Rato.
ANTÓNIO DA SILVA BISCAIA (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-XII-1996. Tem início na Rua Calouste Gulbenkian, a norte, prolongando-se para sul, não tendo saída. António da Silva Biscaia dirigiu durante cerca de 50 anos os asilos da Obra da Figueira, para velhos e crianças. Foi director do Ginásio Clube Figueirense, Bombeiros Voluntários, Centro Republicano José Falcão e Associação Artística. Prestou valiosos serviços à Figueira como membro da Comissão de Iniciativa e Turismo, depois Comissão Municipal de Turismo, ficando a dever-se-lhe muitas manifestações sociais, culturais e desportivas, entre elas as Grandes Regatas Internacionais. Foi alvo de várias homenagens, e o Governo reconhecendo o valor da sua obra atribuiu-lhe o grau do Comendador da Ordem de Benemerência.

ARNALDO SOBRAL (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 18-XII-1996. Situa-se entre a Rua de Coimbra, a sul e o troço inicial do IP3, a norte, de acesso à ponte, correndo paralela com este. Arnaldo da Conceição Freire Sobral dedicou-se a diversas actividades desportivas, nomeadamente o ciclismo, tendo sido o organizador das famosas 'Voltas dos Campeões" e "Circuitos das Libras de Ouro", que trouxeram até à Figueira os nomes mais destacados do ciclismo nacional, tendo sido também jornalista desportivo e crítico teatral.
ARTILHARIA 2 (Rua de)Parece ter sido aberta em 1794 tendo recebido primitivamente o nome de Rua do Sol, para em 29-VIII-1928 passar a ser designada pôr Rua de Artilharia 2. É o prolongamento natural da Rua José da Silva Fonseca, ficando o seu percurso compreendido entre a Rua Visconde da Marinha Grande, a sul, e a Rua do Pinhal, a norte, passando do lado poente do Terminal Rodoviário.
ASSOCIAÇÃO NAVAL 1.° DE MAIO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 27-XII-1971. Fica localizada na zona desportiva da cidade. Tem o seu início na Rua Joaquim Sotto Mayor, em frente do Estádio Municipal José Bento Pessoa, a poente, passa junto e paralela pelo lado sul da Rua do Ginásio Clube Figueirense, seguindo para nascente, a sul da Carreira de Tiro, não tendo saída.
AUGUSTO VEIGA (Rua)Em 1803 era designada por Rua das Figueirinhas, para receber em 1918 o nome de Augusto Veiga, que ainda conserva. Fica situada entre a parte superior da Rua dos Cravos, a poente, e a Rua da Caridade, a nascente, correndo paralela entre as ruas das Canas e Silva e Sousa. Augusto Veiga foi um brilhante jornalista, fundador de vários jornais figueirenses, sendo autor de inúmeros "artigos de ideias avançadas" para o seu tempo.
BANHOS (Travessa da Rua dos)Situa-se a nascente da Travessa de S. Lourenço e o seu percurso fica compreendido entre a Rua Maestro David de Sousa, a sul, e a Rua da Fonte, a norte.
BARTOLOMEU DIAS (Rua)Corre paralela entre as ruas Duarte Silva e Afonso de Albuquerque, iniciando o seu percurso no ponto de junção da Rua da República com a E. N. n.° 109, a sul, para terminar na Avenida Dr. Francisco Lopes Guimarães, a norte.
BELA VISTA (Rua da)Situa-se no Bairro da Bela Vista, entre a Rua Visconde da Marinha Grande, a poente, e a Praceta da Igreja, a nascente, mas também foi assim designada a Rua António Pestana Rato localizada no Bairro da Estação.
BERNARDO LOPES (Rua)Chamou-se inicialmente Rua da Concórdia, e em tempos não muito recuados serviu de extrema entre as freguesias de S. Julião e Buarcos. Recebeu a designação actual de Rua Bernardo Lopes por deliberação camarária de 30-X-1902. Fica localizada entre as ruas Engenheiro Silva, a sul, e Maestro David de Sousa, a norte. É zona pedonal entre as ruas Cândido dos Reis e Maestro David de Sousa. Bernardo Augusto Lopes foi comandante de navios, exportador de vinhos, vereador da Câmara Municipal da Figueira, director do Teatro Príncipe D. Carlos, destruído por um incêndio em 1914 e do Teatro Circo Saraiva de Carvalho, actual Casino da Figueira, administrador da Companhia de Reboques, provedor da Santa Casa da Misericórdia e um dos fundadores da Companhia Edificadora Figueirense, construtora do Bairro Novo, da qual foi administrador até à sua dissolução.
BOA VISTA (Rua da)Não se lhe conhece qualquer outra designação que não a actual de Rua da Boa Vista. Localiza-se na zona superior da Rua das Rosas, a sul, estabelecendo ligação entre esta e a Travessa do Mato, a norte, ficando o seu trajecto compreendido entre as ruas 10 de Agosto e a do Mato.
BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS (Rua dos)Numa acta da sessão da Câmara de 19-V-1779 existe uma referência ao "Caminho do Meio da Vila" situado entre a Rua de Santo António (actual Rua Dr. Santos Rocha) e a Rua Formosa (actual Rua Fernandes Coelho). Chamou-se ainda Caminho do Meio, Caminho do Meio em Direcção ao Adro de Santo António a Caminho de Tavarede, Caminho do Meio que vai dar ao Casal da Rata, Rua ou Estrada do Casal da Rata, Rua da Mina de Água, Rua Nova da Mina, para, a partir de 1794 se fixar em Rua da Bica e, posteriormente Rua do Correio Geral, para, em 6-II-1902 a Câmara Municipal ter deliberado que a mesma "volte ao seu antigo nome da Rua da Bica, que é um dos pontos de referência mais importantes para a restauração da topografia histórica da Figueira", denominando-se agora Rua dos Bombeiros Voluntários, por ser nela que os Bombeiros tiveram o seu quartel instalado durante largos anos. Tem a sua origem na parte superior da Praça General Freire de Andrade, a sul, para terminar no Largo Pereira dos Santos, a norte.

BUARCOS (Rua de)É o prolongamento natural das Ruas do Viso e Miguel Bombarda a partir do ponto de junção das mesmas, a sul, terminando junto da Rotunda da Ponte do Galante, a norte, no enfiamento da Rua Alexandre Herculano.
BUARCOS-TAVAREDE (Estrada de)Chamou-se inicialmente Estrada do Casal do Mártir Santo à Estrada Distrital n.º 34 para posteriormente ser designada Estrada de Buarcos-Tavarede. Por deliberação camarária de 16-X-1986 foi designada Rua do Rancho das Cantarinhas, desde o seu início no Largo do Mártir Santo, em Buarcos até à Rotunda da Rodovia Urbana junto do Parque de Campismo, e a partir daqui chama-se Estrada de Tavarede até aos Quatro Caminhos. Esta estrada serve como ponto de referência do limite norte da toponímia da cidade para este trabalho, onde algumas ruas com início na freguesia de S. Julião se prolongam dentro das freguesias de Buarcos eTavarede.
CABO VERDE (Rua de)Foi assim designada por deliberação camarária de 19-XII-1967. Tem o seu início na Rua Dr. José Luís Mendes Pinheiro, a poente, e passando pela parte norte da Rua da Índia, termina na Rua de Moçambique, a nascente. Situa-se no bairro dedicado às antigas províncias ultramarinas portuguesas, chamado Bairro do Cruzeiro, também conhecido por Bairro da Caixa.
CADEIA (Rua da)Durante o séc. XVIII esta rua em conjunto com a Rua do Paço foram consideradas como uma só, sendo então ambas elas bastante povoadas. É o prolongamento natural da Rua do Paço no seu troço descendente, a sul, terminando na Rua Fresca, a norte. Quando nos finais daquele século ali foi instalada a cadeia o nome da rua foi desdobrado, tendo então passado a denominar-se Rua que vai para a Cadeia ou Serventia que dá para a Praia da Fonte, para ser finalmente chamada Rua da Cadeia, designação que ainda hoje conserva.
CALADO (Rua Dr.)O seu primeiro nome foi Rua da Boa União, para, por deliberação camarária de 31-V-1911 passar a ser designada por Rua Dr. Calado. Tem origem num pequeno beco situado na Travessa do Circo, a nascente, e a Esplanada António da Silva Guimarães, a poente, à qual tem acesso por uma escadaria, sendo zona pedonal entre a Rua Miguel Bombarda e aquela Esplanada. O Dr. Cristiano Mendes Calado foi subdelegado de Saúde e fazia muita medicina de graça, exercendo no seu tempo forte influência política junto dos vereadores da Câmara.
CALOUSTE GULBENKIAN (Rua)Foi aberta em 1961 com origem na Rua Fernandes Coelho, a nascente, servindo de prolongamento natural da Rua Maurício Pinto, e no seu trajecto em frente do edifício do Museu e Biblioteca flecte para a esquerda, terminando na Rua Fresca, a sul. Foi assim designada por deliberação camarária de 19-XII-1967 em homenagem ao grande benemérito de origem arménia Calouste Sarkis Gulbenkian, cuja Fundação contribuiu substancialmente para a construção daqueles dois estabelecimentos culturais figueirenses, que, no seu género, são considerados dos melhores do país.
CANAS (Rua das)Em 1781 são começados os trabalhos para a abertura desta rua, tendo sido aforados os terrenos para a construção das primeiras casas das ruas dos Cravos, Rosas, Ferreiros, Santo António e Travessa da Conceição. Fica situada entre a Rua dos Cravos, a poente, e o início da Rua da Caridade, a nascente.
CÂNDIDO DOS REIS (Rua)Primitivamente foi denominada Rua da Boa Recordação, e em 26-X-1910 a Câmara Municipal passou a designá-la por Rua Cândido dos Reis, tendo chegado a ser conhecida também por Rua Almirante Cândido dos Reis e mais popularmente por Rua dos Casinos, por no primeiro quartel do século XX nela se situarem três casinos. Fica localizada entre o Passeio Infante D. Henrique (Jardim Municipal), a nascente, e a Esplanada António da Silva Guimarães, a poente. O seu troço entre as ruas da Liberdade e Bernardo Lopes é conhecido por "Picadeiro", e entre esta e a Esplanada é zona pedonal. Num documento existente no arquivo da Câmara Municipal vimos esta artéria ser denominada como Rua Mastros Vermelhos.
CARDOSO MARTA (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-VIII-1995. Fica na zona de Urbanização de D. Luís l, definindo-se o seu trajecto a partir de uma rotunda da Rua Dr.ª Cristina Torres, prolongando-se para sul desta, não tendo saída. Possui praceta de retorno. Manuel Augusto Cardoso Marta chegou a tomar ordens menores mas não seguiu a carreira eclesiástica. Foi um brilhante jornalista e professor das Escolas Móveis e do ensino profissional, distinto poeta e ganhador de diversos prémios em Jogos Florais. Foi membro da Comissão de Etnografia, do Grupo de Humoristas Rafael Bordalo Pinheiro e da Associação dos Arqueólogos Portugueses, tendo ainda colaboração espalhada em vários jornais e revistas nacionais.
CARDOSO MARTA (Travessa da Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-VIII-1995. Fica situada no troço superior da Rua Cardoso Marta do lado poente desta, não tendo saída mas possuindo um praceta de retorno.
CARIDADE (Rua da)Documentos antigos mencionam esta rua com o nome de Rua das Cabanas, pelo facto de nela haver diversas cabanas de madeira, e depois Estrada pública para o Vale de Santo António. Em 1803 a Câmara da Figueira deu-lhe o nome de Rua da Caridade que ainda hoje conserva. Tem a sua origem na Rua das Canas, a sul, para terminar no enfiamento da Rua Silva e Sousa, a norte, seguindo-se-lhe no seu prolongamento natural a Rua 9 de Julho, a data em que foi conhecida na Figueira a notícia do desembarque dos 7500 bravos no Mindelo, (8-VII-1832) que lutaram para a libertação do País do regime absolutista.
CARLOS SOMBRIO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-IV-1995. Fica situada na Urbanização da Quinta do Viso. Tem origem na Rua Mário Augusto, a norte, com direcção ao sul, não tendo saída, mas possui uma praceta de retorno. Carlos Sombrio foi o nome literário de António Augusto Esteves. Tomou parte em diversas actividades artísticas e literárias, proferiu inúmeras conferências, escreveu crónicas, contos e novelas, tendo dado abundante colaboração à imprensa portuguesa, nomeadamente figueirense, em jornais e revistas durante cerca de 30 anos. Foi coleccionador de bilhetes postais ilustrados, livros, ex-libris, autógrafos e pinturas, que doou, por sua morte, à Biblioteca e Museu municipais.
CARRINGTON DA COSTA (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-VIII-1995. Situa-se na zona de Urbanização de Justina Sotto Mayor, a norte dos terrenos do palácio Sotto Mayor, correndo no sentido nascente-poente, não tendo saída, possuindo praceta de retorno. O Dr. João Carrington Simões da Costa tomou parte na I Grande Guerra, tendo sido agraciado com as medalhas da Vitória, das Campanhas de França. Foi professor liceal, tendo prestado provas de doutoramento na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde recebeu o grau de Doutor por unanimidade, desempenhando ainda o cargo de Professor Catedrático da referida Faculdade. Desempenhou diversas missões no país e no estrangeiro, tendo colaborado em vários jornais. Combateu os monárquicos nas lutas de 1919 e foi presidente da Comissão Executiva da Junta de Investigação do Ultramar.
CARRINGTON DA COSTA (Travessa)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-VIII-1995. Fica perpendicular e do lado norte da Rua Carrington da Costa, não tendo saída. Possui praceta de retorno.
CELULOSE BILLERUD (Rua da)Foi aberta em 1966 tendo recebido em 19-XII-1967 o nome de Rua da Billerud, para, em 24-I-1968, a Câmara Municipal ter alterado o seu nome para Rua da Celulose Billerud. Fica situada a nascente do antigo Bairro do Cruzeiro, tendo sido rasgada para dar acesso ao Bairro da Billerud, designação inicial da Fábrica de Celulose, hoje CELBI, ficando o seu percurso compreendido entre as ruas de S. Tomé e Guiné, a poente e a Ladeira da Várzea, a nascente.

CIDADE DE GRADIGNAND (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-IV-1995 em virtude desta cidade francesa ter sido geminada com a da Figueira em 1995. Fica situada na zona de Urbanização da Quinta do Viso e o seu trajecto define-se entre a curva da Rua Dr. João de Barros, no ponto em que esta se encontra com a Rua dos Lusíadas, a sul, para terminar na Rua José Bracourt, a norte, a qual tem início no Largo da Lapa, em Buarcos.
CIDADE DA PRAIA (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-IV-1995, em virtude desta cidade caboverdiana ter sido geminada com a da Figueira em 1995. Fica situada na zona de Urbanização da Quinta do Viso, e o seu trajecto define-se entre a Rua Cidade de Gradignand, a sul, e a Rua Rogério Reynaud, a norte.
5 DE OUTUBRO (Rua)Nos finais do séc. XVII e princípios do séc. XVIII passava do lado sul do Paço um simples caminho que ao tempo era designado por Rua Detrás do Paço e posteriormente Rua 11 de Setembro, até que em 26-X-1910 recebeu o nome actual da Rua 5 de Outubro. Além do edifício do Paço, não havia ali qualquer outra construção, mas apenas uma penedia do seu lado poente que se prolongava pela Rua do Estendal. O seu percurso fica compreendido entre o Largo do Carvão, a nascente, e o Jardim Municipal, a poente, tendo como seu prolongamento natural a Rua Engenheiro Silva.
CIPRESTES (Rua dos)Desconhece-se a origem desta designação, sendo de supor que seja anterior ao séc. XVIII. Foi chamada Rua que vai em direitura à Porta Principal da Igreja ou Rua Direita com a Igreja, como ainda era designada por vezes em meados daquele século, possuindo então casas dos dois lados. Nos anos de 1784 a 1788 era também conhecida por Rua do Doutor Juiz de Fora e a Câmara Municipal da Figueira em sessão de 21 de Maio de 1791 deu-lhe o nome de Rua das Flores, que era como um prolongamento da Rua do Vigário ou Rua da Igreja, a qual ia dar a um armazém de carvão que então existia no Largo 11 de Setembro (actual Largo do Carvão), servindo ambas de divisória a dois bairros da vila da Figueira: o da Praça do Comércio e o da Fonte. Tem a sua origem no Largo do Carvão, a sul, para terminar no Largo da Igreja, a norte.
CIUDAD RODRIGO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-IV-1995 em virtude desta cidade espanhola ter sido geminada com a da Figueira em 1995. Fica situada na zona de Urbanização da Quinta do Viso, definindo-se o seu trajecto entre a Rua Cidade da Praia, a sul, e a Rua Rogério Reynaud, a norte.
CLEMÊNCIA (Rua da)Desconhece-se se teria tido qualquer outro nome antes do actual. Corre paralela do lado poente da Rua das Mercês, e, tal como esta, tem o seu início na Rua da Restauração, a sul, terminando na Rua do Hospital, a norte.
COIMBRA (Rua de)É assim designada desde 1903. Tem a sua origem na Rua Afonso de Albuquerque, a poente, e depois de cruzar com as ruas Bartolomeu Dias e Dr. Duarte Silva, descrevendo uma curva e correndo paralela com esta, termina na E. N. n.º 109, a sul.
COLÉGIO ACADEMIA FIGUEIRENSE (Rua)Chamou-se de início Travessa de Santo António quando a rua confinante tinha este mesmo nome, mas após a alteração do nome para Rua Dr. Santos Rocha passou a ser designada por Travessa Dr. Santos Rocha, para, em 14-XI-1972 passar a denominar-se pela designação actual de Rua Colégio Academia Figueirense, por nela ter existido um estabelecimento de ensino com este nome, extinto em 1976. Fica situada entre a Rua Dr. Santos Rocha, a nascente, e a Rua dos Bombeiros Voluntários, a poente, mas antes da construção da Escola Industrial e Comercial (actual Escola Secundária Dr. Bemardino Machado) o seu trajecto estendia-se, ao que parece, até à Rua Fernandes Coelho.

COMBATENTES DA GRANDE GUERRA (Rua dos)Foi aberta em 1785 após a execução das obras de protecção da Praia da Reboleira (actual Praça 8 de Maio) que era ao tempo inundada pelas águas das marés vivas. Foi designada por Rua Nova da Praia, Rua da Praça Nova, Rua Nova de Santo António, Rua Nova que vai da Praia para Santo António, Rua Nova que vai para a Praia da Reboleira, Vale de Canos, Rua Nova da Reboleira ou simplesmente Rua Nova, nome por que ainda é mais conhecida nos nossos dias, tendo também sido designada por Rua Tenente Valadim, para finalmente ter recebido o actual nome de Rua dos Combatentes da Grande Guerra. Tem a sua origem na parte superior da Praça 8 de Maio, a sul, terminando no enfiamento da Rua do Hospital, a norte, tendo como prolongamento natural a Rua Visconde da Marinha Grande.
CONDE DE MONSARÁS (Rua)Esta rua foi, por lapso, em 27-XII-1971 denominada de Alberto de Monsarás, mas a Câmara Municipal, tendo reconhecido o erro cometido, em 23-II-1972, repunha-a com a designação pretendida de Rua Conde de Monsarás. Fica localizada entre a Avenida Dr. Manuel Gaspar de Lemos, a nascente, e passando pelo lado sul do Ciclo Preparatório, termina na Rua Joaquim Sotto Mayor, a poente. O Dr. António Macedo Papança, 1.º Conde de Monsarás foi Par do Reino, embaixador, escritor e poeta de grande merecimento. Morou na Quinta das Olaias, à Rua Fernandes Coelho, onde escreveu uma parte importante da sua obra em prosa e em verso, entre as quais a conhecida poesia "As Arcas de Montemor".
CÓNEGO TOMÁS PÓVOA (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 15-XI-1994. Fica localizada na Urbanização da Quinta da Esperança, situando-se entre as ruas José da Silva Ribeiro, a poente, e António Medina Júnior, a nascente. O Cónego Tomás Francisco Póvoa desempenhou as funções de reitor do Colégio Figueirense, depois Seminário Menor, durante mais de 50 anos, tendo sido capelão do Patronato de Nossa Senhora do Rosário e do Lar de Santo António (Santa Casa da Misericórdia-Obra da Figueira).
COTOVELO (Rua do)É erradamente designada por rua, quando se trata de uma pequena travessa, que é o prolongamento da Rua Detrás da Alfândega, a norte, terminando no Cais da Alfândega, a sul.
CRAVOS (Rua dos)De início tomou o nome de Rua dos Colombros, que depois derivou para Rua do Combro, nome que conservou durante largos anos, para finalmente se fixar em Rua dos Cravos. Tem o seu início na Rua Direita do Monte, a sul, para finalizar na Rua Augusto Veiga, a norte, tendo como prolongamento natural a Rua da Providência.

CRISTINA TORRES (Rua Dr.ª)Ter-se-ia chamado primitivamente Rua do Liceu, e por deliberação camarária de 27-XII-1971 foi designada por Rua Dr. Gustavo Cordeiro Ramos após a sua abertura, para em 16-IV-1975 a Câmara dar-lhe o actual nome de Dr.ª Cristina Torres. O seu trajecto define-se entre a Rua Joaquim Sotto Mayor, a poente, passa em frente da Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho (antigo Liceu Nacional) atravessa as Abadias para terminar na Rua Dr. José Luís Mendes Pinheiro, a nascente. A Dr.ª Cristina Torres dos Santos provinha de gente humilde tendo sido costureira. Era formada pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Leccionou nas Escolas Técnicas da Figueira e Braga para onde foi transferida compulsivamente por ser adversária política do salazarismo. Colaborou assiduamente em vários jornais e revistas e escreveu muitos artigos de opinião e poesia, sendo ainda autora de vários livros.
DETRÁS DA ALFÂNDEGA (Rua)Situa-se entre a Rua da Alfândega do lado poente, e seguindo no sentido nascente entronca na Rua do Cotovelo, a nascente, a qual tem saída para o Cais da Alfândega.
DETRÁS DO MATADOURO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 11-IV-1972. Tem o seu início na Rua Oriental do Matadouro e contornando-o pelo lado nascente segue na direcção sul, a nascente das casas do Bairro do Matadouro, terminando numa praceta de retorno.
DETRÁS DO PINHAL (Rua)Fica localizada no início da Rua das Galinheiras, a sul, terminando no Largo do Pinhal, a norte, correndo paralela e do lado poente com a Rua do Pinhal.
10 DE AGOSTO (Rua)Rasgada em 1789 de início foi designada por Vale, Lamas, ou Vale do Monte e em 1803 aparece com o nome de Rua do Rio Tinto, pelo facto de nela haver numerosos armazéns de vinhos. Em 1814 a Câmara Municipal volta a chamar-lhe Vaie do Monte e no ano seguinte é Rua do Vale do Monte, para, em 1822 passar a ser designada Rua do Vale dos Ferreiros, visto haver também ali diversas forjas, e em 1827 muda outra vez de nome passando a ser Rua Nova do Vale, até que finalmente foi fixado o actual nome de Rua 10 de Agosto, que assinala a data de 10-VIII-1880 em que teve lugar a cerimónia de início dos trabalhos da construção do Caminho de Ferro da Beira Alta, concluído em 3-VIII-1882 com a presença da Família Real. O seu percurso estende-se desde a Avenida Saraiva de Carvalho, a sul até à Rua Heróis do Ultramar, a norte.
DIREITA DO MONTE (Rua)Em 1732 eram lançadas as suas primeiras fundações, tendo sido inicialmente designada por Estrada das Lamas, Rua que vai para a Várzea, Rua que vai para as Lamas, Rua do Monte, Rua Direita das Lamas, e Rua que vai para o Casal das Lamas. Em 1841 era conhecida como Rua Direita das Lamas. É o seguimento da Ladeira do Monte que tem origem na Praça 8 de Maio, a poente, para terminar na Rua 10 de Agosto, a nascente, tendo como prolongamento natural a Rua das Lamas. A zona do Monte até 1740 teve estas designações: Monte Calvário, Monte da Reboleira ou somente Monte e Calvário. Encontrámos uma referência a esta rua sobre "as suas praias e penedias" e que "era terreno baldio em parte".
D. JOSÉ I (Rua)Foi assim denominada pôr deliberação camarária de 27-XII-1971. Localiza-se na zona de Urbanização das Abadias, ficando situada entre as ruas Conde de Monsarás, a sul e Dr.ª Cristina Torres, a norte, do lado poente das instalações do Ciclo Preparatório. Foi assim designada pôr deliberação camarária de 27-XII-1971. Está localizada entre a Avenida Dr. Manuel Gaspar de Lemos, a nascente e a Rua D. José I, a poente, ladeando a parte norte do Ciclo Preparatório.
DUARTE SILVA (Rua Dr.)Tem origem na Estrada Nacional n.º 109, a sul, e no seu trajecto cruza-se com a Travessa do Morim e a Rua de Coimbra para finalizar na Avenida Dr. Francisco Lopes Guimarães, a norte. O Dr. António Álvares Duarte Silva foi individualidade de grande destaque na vida social figueirense, desportista, numismata e medalhista de mérito. Cooperou com o Dr. Santos Rocha na fundação e organização do Museu, foi fundador da Sociedade Arqueológica, desempenhando ainda as funções de juiz de Direito substituto.
ENGENHEIRO SILVA (Rua)É o prolongamento natural da Rua 5 de Outubro, tendo o seu início a partir do Jardim Municipal, a nascente, para terminar no Largo Coronel Galhardo, a poente. António Artur Baldaque da Silva era engenheiro hidrógrafo e oficial da Marinha de Guerra. Foi senador da República, tendo realizado importantes trabalhos no sector das pescas e obras portuárias, sendo autor de diversas publicações de carácter científico. Foi um dos pioneiros da construção do Bairro Novo. Foi membro do Instituto de Ciências da Real Academia de História de Madrid, da Academia Real de Ciências de Lisboa e sócio honorário da Associação dos Engenheiros Civis de Londres, tendo sido agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Avis. Amava tanto a Figueira que determinara aos seus familiares que se entretanto aqui houvesse forno crematório pretendia ser incinerado devendo as cinzas serem lançadas ao mar no Cabo Mondego, onde desejaria ver realizado o seu grande sonho: a construção do Porto Oceânico. O seu nome foi dado ainda ao actual mercado da cidade.
ERNESTO TOMÉ (Rua Dr.)Foi assim designada por deliberação camarária de 26-III-1996. Situa-se na zona de Urbanização de D. Luís I, do lado poente da Rua Cardoso Marta, e a sul com a Rua Dr.ª Cristina Torres, não tendo saída, mas possuindo praceta de retorno. O Dr. Ernesto Ferreira Gomes Tomé foi um ecléctico desportista: remador, nadador, instrutor de boxe, instrutor e director técnico de remo e ginástica sueca, dirigente da secção de vela e hipismo, praticante de esgrima e jogador de futebol, quase todos estes desportos praticados no Ginásio Clube Figueirense. Como Director do então Grande Casino Peninsular (actual Casino da Figueira) e presidente da Comissão Municipal de Turismo organizou festas, cortejos folclóricos e garraiadas que ficaram memoráveis. Foi um distinto poeta e brilhante prosador que escreveu diversos livros em prosa, poesia, direito e desporto. Foi director de jornais, advogado e oficial do exército.
ESPERANÇA (Rua da)Chamou-se incialmente Rua do Favião. Tem o seu início na Rua da Fé, a sul, e mudando de direcção, prolonga-se para terminar na Travessa do Mato, a norte.
ESTANCO (Rua do)Esta rua era considerada como um prolongamento da Rua de Santo António (actual Rua Dr. Santos Rocha). Fica compreendida entre a Rua Dr. José Jardim, a norte e a Rua Detrás da Alfândega, a sul. Nos princípios do séc. XVIII era conhecida por Rua da Maria do Álvaro, em virtude de, no seu lado oriental, haver uma casa pertencente a uma mulher com esta alcunha, e numa escritura lavrada em 1738 aparece designada como Rua do Estanque.
ESTENDAL (Rua do)Este foi o seu nome de origem e nos finais do séc. XVIII já aparece também com o de Estrada que vai para o Estendal ou Caminho para o Estendal, e nos princípios do séc. XX a Câmara Municipal pretendeu chamar-lhe Rua de Santa Luzia, mas tal nome não prevaleceu tendo ficado sempre conhecida pôr Rua do Estendal. O seu trajecto estende-se desde a Rua 5 de Outubro, a sul, e correndo ao lado do edifício do Paço e das traseiras dos edifícios dos CTT e do Tribunal, termina no Largo do Tribunal, a norte. Do lado nascente possuía alguns poucos edifícios e quintais, e do lado poente, onde actualmente se encontram os edifícios atrás referidos tinha um pátio, um armazém e uma casa de madeira construídos sobre a imensa penedia que então era visível. Existia ali uma cavidade natural voltada para o lado do actual jardim, a qual em 1732 era conhecida por Cova da Serpe, o que pressupõe alguma lenda de mouras encantadas, sendo aquele mesmo sítio designado ainda por Caminho da Cova da Serpe.
ESTRADA NACIONAL N.° 109É o prolongamento natural da Rua Manuel Fernandes Tomás com origem no enfiamento da Rua Bartolomeu Dias, seguindo em direcção a Coimbra. No tempo da Monarquia era designada pôr Estrada Real n.° 49.


FAUSTO PEREIRA DE ALMEIDA (Rua)Foi assim denominada por deliberação camarária de 11-IV-1996. Localiza-se na zona de Urbanização das Abadias, a norte da Quinta das Olaias e a sul da Avenida Dr. Joaquim de Carvalho. Tem o seu início no lado poente da Rua Dr. Mira Coelho para terminar na origem da 2.ª Travessa deste nome. Fausto Pereira de Almeida foi um competente funcionário da Conservatória do Registo Civil da Figueira, tendo dedicado toda a sua vida aos sectores do associativismo e jornalismo, de que foi um brilhante ornamento. Devotado bairrista escreveu largas centenas de artigos focando inúmeros problemas de interesse para a Figueira e seu concelho, tendo colaboração espalhada por vários jornais e revistas e obtido diversos prémios por artigos que escreveu sobre doutrina social e corporativa.
FAUSTO PEREIRA DE ALMEIDA (1.ª Travessa da Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 11-IV-1996. Localiza-se do lado norte da Rua Fausto Pereira de Almeida, sendo o primeiro arruamento no sentido descendente. Não tem saída.
FAUSTO PEREIRA DE ALMEIDA (2.ª Travessa da Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 11-IV-1996. Localiza-se do lado norte da Rua Fausto Pereira de Almeida, sendo o segundo arruamento no sentido descendente. Não tem saída.
FÉ (Rua da)Como as ruas da Esperança e da Caridade foram assim designadas simultaneamente, desconhecendo-se com rigor a data. Fica compreendida entre a Rua das Canas, a sul, e a Rua do Hospital, a norte, correndo paralela e a nascente com as ruas da Caridade e 9 de Julho.
FÉ (Travessa da Rua da)Situa-se do lado poente desta rua, entre a mesma e a Rua Silva e Sousa. Por erro chegou a ser designada como Travessa do Cuatto.
FERNANDES COELHO (Rua)No último quartel do séc. XVIII chamava-se Rua do Vigário, para depois passar a ser Rua Formosa ou Rua Formosa chamada do Vigário. Estando já calçada foi denominada Rua da Igreja, e posteriormente Rua de Silva Soares, para finalmente receber o nome actual de Rua Fernandes Coelho. Em escrituras lavradas em 1785 e 1786 surge com a designação de Rua que vai da Igreja para o Convento ou Rua que vai da Igreja para Santo António. Tem a sua origem a partir do lado posterior da Igreja Matriz, a sul, prolongando-se até ao Largo Pereira dos Santos, a norte. O Dr. António Fernandes Coelho foi uma das personalidades figueirenses mais importantes da sua época. Esteve nos Açores integrado no Batalhão de Emigrados, foi um dos bravos que desembarcaram no Mindelo, fazendo parte do Batalhão de Voluntários Académicos e durante o cerco do Porto desempenhou o cargo de auditor do Exército, tendo sido gravemente ferido na Batalha da Serra do Pilar em 1832. Foi Ministro do Reino e da Justiça, e como titular daquela pasta, referendou a Constituição de 1838.
FERREIROS (Rua dos)Foi conhecida por Estrada do Monte, Estrada que vai para a Várzea e Rua que vai para o Monte, e ao local onde a mesma estava implantada eram ainda dados os nomes de Pedreiras, Caminho da Várzea, Caminho das Pedreiras, Rua das Pedreiras, Monte Calvários Vale de Canos, para, em 1790, ser chamada Rua dos Ferreiros, em virtude de nela existirem diversas forjas. Tem a origem na Praça 8 de Maio, a sul, até se encontrar com a Rua da Providência, no enfiamento da Rua Silva e Sousa, a norte.
"O FIGUEIRENSE" (Rua de)Trata-se de uma pequena travessa impropriamente designada rua, situada do lado poente da Praça General Freire de Andrade, estabelecendo ligação entre esta praça e a Rua das Parreiras, à qual tem acesso por uma pequena escadaria. Nos finais do séc. XVIII passou a ser denominada Rua do Estanque ou Rua do Estanco, e posteriormente por Rua do Curro. Em 1748 chamava-se Esquina que vai para a Ribeira e em 1784 Rua que vai da Ribeira para a Rua das Parreiras, tendo-se chamado também Rua que vai para o Cais, mas confundia-se por vezes com a Rua da Alfândega que também assim era conhecida. A Câmara Municipal da Figueira em I-VII-1969 deliberou dar-lhe o nome de Rua de "O Figueirense" visto ser este o jornal mais antigo da cidade.
FONTE (Rua da)Foi designada primitivamente como Estrada que vai para Buarcos, Rua que vai para Buarcos, Caminho de Buarcos para a Figueira, e por Alto da Fonte, devido ao facto de, nela ter existido uma fonte, que era a mais antiga da Figueira. O seu percurso fica compreendido entre o ponto em que se juntam as ruas da Liberdade, do Viso, Dr. Luís Carrisso e Joaquim Sotto Mayor, a noroeste, e passando o Largo da Praia da Fonte (actual Largo Pereira das Neves) continua, até se cruzar com a 2.ª Travessa da Rua Fresca, para terminar no Largo do Tribunal, a sudeste.


FRANCISCO ANTÓNIO DINIS (Rua Dr.)Chamava-se primitivamente Azinhaga da Pólvora, também conhecida por Rua da Pólvora, e mais tarde foi designada por Rua do Bomfim, para em 30-X-1902 receber a designação actual de Rua Dr. Francisco António Dinis. Tem o seu início no Largo do Coronel Galhardo, a poente, para terminar no Passeio infante D. Henrique, a nascente. O Dr. Francisco António Dinis foi um grande impulsionador da Companhia Progresso Figueirense, a que se devem alguns dos grandes melhoramentos da cidade, entre eles o da construção do Bairro Novo, que ao tempo era designado por Bairro Novo de Santa Catarina.


FRESCA (Rua)Desconhece-se a data desta designação, presumindo-se que seja muito antiga e provavelmente tenha sido um dos prolongamentos da Rua da Fonte, sendo o outro no Largo do Tribunal. Tem a sua origem no Largo da Igreja, a nascente, terminando no Largo Pereira das Neves, a poente.
FRESCA (1.ª Travessa da Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 28-IV-1977. Situa-se na parte inferior da Rua Fresca, em frente da zona terminal da Rua Calouste Gulbenkian, a norte, e a Rua do Estendal, a sul, sendo constituída por uma pequena ladeira.
FRESCA (2.ª Travessa da Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 28-IV-1977. Situa-se do lado poente da 1.ª Travessa, com origem na Rua Fresca, do lado nascente do Largo Pereira das Neves.


GALINHEIRAS (Rua das)Em recuados tempos era conhecida por Lugar de S. Caetano e posteriormente por Rua Detrás do Pinhal, mas por deliberação camarária de 5-II-1903 passou a ter a designação actual de Rua das Galinheiras. Tem a sua origem na Rua Gonçalo Velho, a sul, para terminar no Largo do Pinhal, a norte.
GALINHEIRAS (Travessa das)Foi assim denominada por deliberação camarária de 5-II-1903. Localiza-se entre a Rua das Galinheiras, a poente, para terminar na Rua Dr. José Luís Mendes Pinheiro, a nascente.
GARRETT (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 19-XII-1967. Tem o seu trajecto definido entre a Rua Alexandre Herculano, a sul e a Rua dos Lusíadas, a norte, correndo do lado poente e paralela com Rua Joaquim Sotto Mayor.
GENTIL RIBEIRO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 15-II-1996. Fica localizada na zona de Urbanização do Senhor da Arieira, a sul da estrada de Buarcos - Tavarede, já na parte suburbana da cidade. Não tem saída, possuindo uma praceta de retorno. Gentil da Silva Ribeiro era pai de José da Silva Ribeiro, tendo sido uma figura saliente no meio operário e associativo da Figueira e Tavarede, e pessoa muito considerada, tendo intensificado bastante a actividade das colectividades tavaredenses, principalmente no que respeitava a teatro. Em 7-III-1996 foi rectificada a deliberação acerca da identificação desta rua que passa a ser arruamento provisório mantendo esta designação quando o arruamento que consta do PU for executado.
GINÁSIO CLUBE FIGUEIRENSE (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 27-XII-1971. Localiza-se na zona desportiva da cidade, tendo origem no troço norte da Rua Joaquim Sotto Mayor, em frente do Estádio Municipal José Bento Pessoa contornando todo o Estádio no sentido dos ponteiros do relógio e junto do qual se situam a piscina e o pavilhão desportivo pertencentes a este clube.
GONÇALO VELHO (Rua)Foi conhecida primitivamente pelo nome de Entre Muros, para ter depois a designação actual de Rua Gonçalo Velho. Tem o seu início no Largo Silva Soares, antigo Pátio de Santo António ou Largo da Misericórdia, a sul, correndo entre o Cemitério Setentrional e o Terminal Rodoviário, e depois de cruzar com a Rua Heróis do Ultramar entronca na Rua do Pinhal, a norte.
GRAÇA (Rua da)Chamou-se primitivamente Rua Detrás e fica situada entre a Rua Fernandes Coelho, no enfiamento da Rua Visconde da Marinha Grande, a sul, e a Avenida Dr. Joaquim de Carvalho, a norte, tendo acesso a esta por uma escadaria, por lhe ficar em plano superior.
GUINÉ (Rua da)Foi assim designada por deliberação camarária de 19-XII-1967. Tem o seu início nas ruas da Billerud e de S. Tomé, correndo no sentido poente-nascente, não tendo saída. Localiza-se no Bairro da Billerud.
GUINÉ (Travessa da Rua da)Foi assim designada por deliberação camarária de 5-II-1997. Parte da zona terminal da Rua da Guiné no sentido sudeste-noroeste, possuindo uma praceta de retorno.
HERÓIS DO ULTRAMAR (Rua)Primitivamente era conhecida por Estrada ou Rua do Cruzeiro, por nela se situar um cruzeiro que perpetua a mortandade provocada pela epidemia que se abateu sobre a Figueira em 1811, após a 3.ª Invasão Francesa. Posteriormente foi designada Rua Dr. Gustavo Cordeiro Ramos, ministro do Governo salazarista, e em 19-XII-1967 por deliberação camarária recebeu o actual nome de Rua Heróis do Ultramar, em homenagem aos combatentes da Guerra Colonial travada entre os anos de 1961 a 1974. Em Maio de 1977 esteve para ser chamada Rua Mário Luís dos Santos, ao tempo comandante honorário dos Bombeiros Voluntários, de recente falecimento e cujo quartel fica situado na zona nascente da mesma rua, mas a tal se opôs a Liga dos Combatentes. Tem a sua origem na Rua de Artilharia 2, a poente, para terminar ao cimo da Rua 10 de Agosto, a nascente, rendo como prolongamento natural a Estrada ou Ladeira da Várzea. O antigo Bairro do Cruzeiro, também conhecido por Bairro da Caixa, que lhe fica contíguo a norte, tem os nomes das ruas das antigas províncias ultramarinas portuguesas.
HOSPITAL (Rua do)Foi chamada inicialmente de Rua do Muro por, no seu lado norte, haver um extenso muro que cerca os terrenos agora pertencentes à Santa Casa da Misericórdia-Obra da Figueira, depois foi designada Rua da Cerca, sendo actualmente Rua do Hospital. Tem o seu início na zona superior da Rua dos Combatentes da Grande Guerra, a poente, terminando na Rua 10 de Agosto, a nascente, tendo como prolongamento natural a Rua 28 de Infantaria, que em tempos idos fez parte da então Rua da Cerca. A zona nascente desta artéria compreendida entre as ruas 9 de Julho e 10 de Agosto foi genericamente designada por Monte, sendo conhecida nos séculos XIX pelos nomes de Alto do Vale de Lamas, Monte do Vale e Cabeço do Vale de Lamas. Verificava-se ainda ali a existência da Rua Sebastião do Monte, que não conseguimos localizar.
IGREJA (Rua da)Foi assim designada por deliberação camarária de 18-X-1985. Situa-se no Bairro da Bela Vista, ficando entre a Praceta da Igreja, a norte, e um caminho público periférico, a sul.
ÍNDIA (Rua da)Foi assim designada por deliberação camarária de 19-XII-1967. Localiza-se no bairro dedicado às antigas províncias ultramarinas portuguesas, que era conhecido por Bairro do Cruzeiro e também por Bairro da Caixa. O seu trajecto fica compreendido entre a Rua Heróis do Ultramar, a sul, e a Rua de Cabo Verde, a norte.
ÍNDIA (Travessa da Rua da)Foi assim designada por deliberação camarária de 7-VII-1977. Corre paralela e do lado norte com a Rua Heróis do Ultramar, estabelecendo ligação entre as ruas da Índia, a nascente e a Rua Gonçalo Velho, a poente.
INFANTE D. HENRIQUE (Passeio)É composto pelos três arruamentos que confinam com o Jardim Municipal pelos lados norte, nascente e poente. Em tempos idos o troço do lado poente do jardim fazia parte da Rua da Praia da Fonte, designação esta presentemente compreendida apenas entre o Largo Dr. Pereira das Neves e o início da Rua Cândido dos Reis.

JOÃO DE BARROS (Rua Dr.)Foi assim designada por deliberação camarária de 9-XI-1960. É o prolongamento natural da Rua Dr. Simões Barreto, a poente ligando com a Rua dos Lusíadas, a nascente, a qual, por sua vez, entronca na Rua Joaquim Sotto Mayor. O Dr. João de Barros foi um dos mais importantes intelectuais figueirenses. Escritor, poeta, professor, director do Ensino Primário e Secundário, Secretário-Geral do Ministério da Instrução e Ministro dos Negócios Estrangeiros, pugnou bastante pela aproximação luso-brasileira, o que lhe valeu a nomeação de membro da Academia Brasileira de Letras. Possuía inúmeras condecorações e na zona da Ponte do Galante tem um monumento evocativo com um baixo relevo da efígie do poeta.
JOÃO GASPAR SIMÕES (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 18-X-1994. Estabelece a ligação entre as ruas Garrett e dos Lusíadas, correndo paralela com a primeira delas, pelo lado poente. O Dr. João Gaspar Simões era formado em Direito pela Universidade de Coimbra. Foi autor de várias obras literárias e de uma peça de teatro, colaborou em diversas publicações nacionais e brasileiras e foi crítico literário do "Diário de Notícias" durante mais de 50 anos. Era sócio da Academia Brasileira de Letras, tendo sido distinguido com vários prémios.
JOÃO JOSÉ FERNANDES BUGALHO (Rua Dr.)Foi assim designada por deliberação camarária de 11-IV-1996. Tem o seu início do lado sul da Rua Dr. Mira Coelho e correndo no sentido poente-nascente, termina na sua 4.ª travessa. O Dr. João José Fernandes Bugalho foi uma importante figura política local e elemento oposicionista dos governos de Salazar e Caetano, tendo tomado parte activa nas campanhas eleitorais para a Presidência da República dos generais Norton de Matos e Humberto Delgado, sendo ainda um dos fundadores do PPD/PSD.
JOÃO JOSÉ FERNANDES BUGALHO (1.ª e 3.ª Travessas)Foram assim designadas por deliberação camarária de 11-IV-1996. Ficam situadas transversalmente e do lado sul da Rua João José Fernandes Bugalho, não tendo saída.
JOÃO JOSÉ FERNANDES BUGALHO (2.ª e 4.ª Travessas)Foram assim designadas por deliberação camarária de 11-IV-1996. Ficam situadas transversalmente e do lado norte da Rua João José Fernandes Bugalho, não tendo saída.
JOÃO DE LEMOS (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 23-V-1991. É impropriamente classificada de rua, quando não passa de uma travessa devido à sua muito reduzida extensão. A demolição de uma antiga casa de espectáculos chamada Teatro Parque Cine em cujo terreno foi construído em Centro Comercial deu origem à abertura deste arruamento que estabelece ligação entre as ruas Cândido dos Reis, a norte Dr. Francisco António Dinis, a sul, sendo zona pedonal. João Manuel Gonçalves de Lemos, foi um competente funcionário da Sub-delegaçào de Saúde da Figueira, e, como delegado de uma companhia de seguros sediada nesta cidade, que daria nome ao Centro, instituiu a atribuição de prémios diversos, tendo obtido alguns benefícios para a cidade, pelo que a Câmara Municipal da Figueira lhe atribuiu a Medalha de Prata da cidade.
JOÃO RIGUEIRA (Rua Dr.)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-VIII-1995. Localiza-se na zona de Urbanização D. Luís I, a sul da Rua Dr.ª Cristina Torres, com saída da Rua D. Luís I em direcção ao norte, flectindo para nascente. Não tem saída, possuindo uma praceta de retorno. O Dr. João Gomes dos Santos Rigueira era licenciado em Ciências Matemáticas e engenheiro geógrafo pela Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra. Foi vereador e vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira, e durante 38 anos reitor do Liceu Bissaia Barreto depois Municipal da Figueira da Foz, actualmente Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho.
JOAQUIM JARDIM (Rua Dr.)No séc. XVIII chamava-se Rua do Forno porque numa casa desta rua pertencente à família Malheiros existia um dos fornos de poia pertencente à casa de Tavarede e nos princípios do séc. XIX chegou a ser denominada de Rua dos Malheiros, mas a partir de 1815 já figura em documentos oficiais com o nome de Rua Bela (vulgo Rua do Correio) nome que manteve até aos nossos dias. Tem a sua origem na parte inferior da Rua Dr. Santos Rocha, a nascente, terminando na Praça General Freire de Andrade, a poente. O Dr. Joaquim dos Santos Pereira Jardim serviu o Partido Regenerador, tendo exercido advocacia na Figueira durante 30 anos. Foi administrador do Concelho e presidente da Câmara Municipal da Figueira na vigência da Monarquia e da República pôr mais de 14 anos, tendo sido durante a sua presidência, que foi iniciada a construção do actual edifício dos Paços do Concelho, inaugurado em 1898, sendo ainda deputado pela Índia pelo círculo de Leiria.
JOAQUIM SOTTO MAYOR (Rua)Foi assim designada pôr deliberação camarária de 26-VI-1968. É o prolongamento natural da Rua da Liberdade, tendo a sua origem no cruzamento nas ruas da Fonte, Viso e Dr. Luís Carrisso, a sul, finalizando na Rua Rancho das Cantarinhas, (antiga estrada Buarcos--Tavarede), a norte, sendo a maior rua na Figueira. Joaquim Felisberto da Cunha Sotto Mayor foi um grande benemérito que prestou inúmeros benefícios a instituições de caridade, colectividades locais e concedeu subsídios a artistas figueirenses para estagiarem em Paris. Fez construir na cidade na primeira década do século XX o palácio que tem o seu nome e que é hoje pertença da Sociedade Figueira-Praia.
JOSÉ FRANCISCO NICO (Rua Dr.)Foi assim designada por deliberação camarária de 20-I-1981. Fica localizada no Bairro da Estação entre a Rua António Pestana Rato, a poente e a Rua Ocidental do Matadouro, a nascente. O Dr. José Francisco Nico foi médico veterinário na Figueira durante 45 anos e Provedor da Santa Casa da Misericórdia. Era uma pessoa muito considerada no meio figueirense e a Câmara Municipal da Figueira atribuiu-lhe a Medalha de Bons Serviços ao atingir o limite de idade.
JOSÉ JARDIM (Rua Dr.)No séc. XVIII esta rua tinha duas designações: o troço oriental denominava-se Rua ou Estrada que vai para a Praia da Reboleira (actual Praça 8 de Maio), enquanto o troço ocidental era conhecido por Rua que vai para a Ribeira, (actual largo Luís de Camões e Praça General Freire de Andrade). Na segunda metade daquele mesmo século tomou sucessivamente os nomes de Rua de Basílio Francisco Pinheiro, Rua de Basílio Francisco, ou simplesmente Rua do Basílio. Esta foi a rua da Figueira que teve o maior número de nomes. Assim, em 1781 era Rua Junto do Cais, em 1793 era Rua do Cais ou Rua do José Brás, em 1806 chamava-se Rua das Flores, por vezes alterado para Rua Nova das Flores, em 1817 era Rua da Alfândega que vai para o Cais e em 1826 Rua do Cais por Detrás da Rua da Alfândega. Teve ainda mais as seguintes designações: Rua que vai para o Cais, Rua que vai para a Alfândega, Rua do Cais que vai para a Alfândega e Rua que vem da Ribeira e vai dar à Praça da Reboleira, tendo porém mantido o de Rua das Flores, nome pelo qual ainda é hoje conhecida, até ao ano de 1930, em que recebeu o actual de Rua Dr. José Jardim. O seu trajecto define-se, como atrás se deduz, entre a Praça 8 de Maio, a nascente, e a Praça General Freire de Andrade, a poente. O Dr. José dos Santos Pereira Jardim foi um distinto médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e político da sua época muito influente na cidade. Foi conselheiro de Estado, governador civil de Coimbra e de Leiria, deputado pelo Círculo da Figueira e figura marcante do Partido Regenerador. Exerceu as funções de presidente da Câmara Municipal da Figueira por mais do que uma vez e contribuiu para a fundação da Obra da Figueira, que serviu durante alguns anos. Prestou relevantes serviços à Associação Comercial, dirigiu a casa José dos Santos Pereira Jardim & C.ª, Lda. e escreveu o livro "As Alfândegas, Fidalgas Figueirenses de Outrora".
JOSÉ LUÍS MENDES PINHEIRO (Rua Dr.)É o prolongamento natural da Rua do Pinhal, a sul, estendendo-se a partir do Largo do Pinhal até ao antigo Seminário, a norte onde dá continuidade à Rua José da Silva Ribeiro. O percurso destas ruas é também conhecido por Estrada de Tavarede. O Dr. José Luís Mendes Pinheiro foi professor da Universidade de Coimbra, tendo fundado nesta cidade o Colégio Figueirense, que, por sua morte, legou à Diocese de Coimbra, em cujo edifício funcionou o Seminário Menor e onde actualmente (1997) está instalada a Universidade Católica Portuguesa.
JOSÉ RAFAEL SAMPAIO (Rua Dr.)Foi assim designada por deliberação camarária de 25-VIII-1981. Situa-se na Urbanização da Quinta do Paço e o seu trajecto estende-se desde a Rua José da Silva Ribeiro, a poente, para finalizar na Praça António Sérgio, a nascente. O Dr. José Rafael Sampaio foi combatente na I Grande Guerra, tendo recebido diversos louvores e condecorações entre as quais a Ordem de Cristo com palma, medalhas da Campanha e da Vitória, Torre e Espada, etc. Foi co-fundador e professor do extinto Colégio Academia Figueirense, associativista e jornalista de mérito. Esteve deportado em Angola e sofrido várias prisões devido aos seus ideais democráticos, sendo um dos fundadores do PPD/PSD.
JOSÉ DA SILVA FONSECA (Rua)Foi designada primitivamente por Estrada Pública da Lomba que vai para Santo António, mas em 1870 a Câmara da Figueira passou a chamar-lhe Rua da Lomba, Rua da Lomba do Casal da Rafa ou ainda Rua da Paz, e num documento datado de 1804 aparece até com o nome de Rua da Lomba novamente intitulada de Rua da Paz. É o prolongamento da Ladeira da Lomba, a sul, esta com origem na Rua dos Bombeiros Voluntários, a qual, após mudar de direcção, passou a denominar-se por Rua José da Silva Fonseca, para terminar na Rua Visconde da Marinha Grande, a norte. José da Silva Fonseca foi presidente da Câmara Municipal da Figueira e da Junta Autónoma do Porto e Barra. Tomou parte activa na propaganda republicana e teve vasta colaboração espalhada na imprensa figueirense.
JOSÉ DA SILVA RIBEIRO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 27-V-1986. O seu trajecto faz parte da antiga Estrada de Tavarede, sendo o prolongamento natural da Rua Dr. José Luís Mendes Pinheiro a partir da zona do antigo Seminário, actual Universidade Católica Portuguesa, a sul, até aos Quatro Caminhos, a norte. José da Silva Ribeiro foi um brilhante jornalista e um competente homem de Teatro, que esteve ao serviço da Sociedade de instrução Tavaredense durante mais de 60 anos. Dotado de palavra fluente deu grande contributo à propaganda da República, sendo convidado para proferir discursos em actos solenes e colectividades. Forte adversário do salazarismo esteve preso e sofreu perseguições, sendo bastante considerado por muitos dos seus adversários políticos.
JOSÉ DA SILVA RIBEIRO (Travessa)Foi assim designada por deliberação camarária de 26-III-1996. Fica do lado poente e da parte terminal da Rua José da Silva Ribeiro e a sul da Quinta das Vaquinhas não tendo saída. Tem praceta de retorno.
LAMAS (Rua das)Foi assim designada por deliberação camarária de 8-V-1902. É o prolongamento natural da Rua Direita do Monte. Tem a sua origem a partir da Rua 10 de Agosto, a poente, terminando no largo Tenente Valadim, a nascente, no ponto de junção deste mesmo largo com a Rua da República.
LAPA (Rua da)É o prolongamento natural da Rua do Mato, a partir do Largo do Mato, a sul, até atingir a Avenida Dr. Francisco Lopes Guimarães, a norte. A parte superior desta rua onde havia uma fonte que deu o nome à mesma, foi absorvida pelas instalações do quartel ali existente, e em tempos idos os seu trajecto estendia-se até à Estrada da Várzea.
LIBERDADE (Rua da)Chamou-se inicialmente Rua da Inauguração para assinalar a construção do Bairro Novo, que de início se chamou Bairro Novo de Santa Catarina, para depois receber o nome actual de Rua da Liberdade. Tem a sua origem na Rua Engenheiro Silva, a sul, para se prolongar até ao Viso, a norte, ficando no seu enfiamento a Rua Joaquim Sotto Mayor. Neste ponto convergem ainda as ruas do Viso, da Fonte e Dr. Luís Carrisso. Até então toda a área da zona do Bairro Novo era um aglomerado de quintas, e nesta rua foi construída a primeira casa em 15-VIII-1868, onde funcionou o Casino Mondego, depois o Hotel Portugal e actualmente o moderno Edifício Portugal.
LUÍS CARRISSO (Rua Dr.)Tem a sua origem no ponto de convergência das ruas da Liberdade, do Viso, da Fonte e Joaquim Sotto Mayor, a poente, para terminar na Avenida Dr. Manuel Gaspar de Lemos, a nascente. O Dr. Luís Witnich Carrisso era formado em Filosofia pela Universidade de Coimbra, da qual foi professor catedrático, secretário da Faculdade de Ciências, vice-Reitor, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, além de outros importantes cargos. Representou o país em diversos congressos e conferências internacionais. Homem de ciência, botânico e colonialista, os seus trabalhos conquistaram o respeito e a admiração de todo o mundo botânico. Era agraciado com diversas condecorações nacionais e estrangeiras. Morreu no deserto de Moçâmedes durante a sua terceira ida a Angola onde dirigia uma expedição botânica com a colaboração do Museu Britânico de História Natural.
LUÍS CARRISSO (Travessa da Rua)É o arruamento perpendicular à Rua Dr. Luís Carrisso, com início do lado sul desta, prolongando-se para sul, não tendo saída. Possui praceta de retorno.
LUÍS GARRIDO (Rua)Tem a sua origem na parte inferior da Rua do Mato, a poente, para terminar na Rua Vasco da Gama, a nascente. O Dr. Luís Guedes Coutinho Garrido formou-se em Filosofia e Direito pela Universidade de Coimbra, estabelecendo-se posteriormente em Lisboa com banca de advogado. Foi sócio da Academia de Ciências de Lisboa e do instituto de Coimbra, representou Angola como deputado às Cortes, sendo autor de várias obras literárias e dirigiu a publicação da "Portugaliae Monumenta Histórica".
LUSÍADAS (Rua dos)Após a sua abertura passou a ser designada em 19-XII-1967 por Rua Luís de Camões, para, em 26-VI-1968 ser Rua de Camões, e em 14-III-1972 a Câmara Municipal deliberou alterá-la para a denominação actual de Rua dos Lusíadas a fim de se associar à celebração do IV Centenário da publicação de "Os Lusíadas", e a mudança do nome justificou-se também pelo facto de na toponímia da cidade estar já consagrado o nome do poeta. Tem origem na Rua Joaquim Sotto Mayor estendendo-se para poente, tendo como prolongamento natural a Rua Dr. João de Barros, a qual, por sua vez, dá continuidade à Rua Dr. Simões Barreto, que termina o seu trajecto na Avenida do Brasil, já na freguesia de Buarcos.
MACAU (Rua de)Foi assim designada por deliberação camarária de 19-XII-1967. Fica localizada no Bairro dedicado às antigas províncias ultramarinas portuguesas, outrora denominado Bairro do Cruzeiro, também conhecido por Bairro da Caixa. Situa-se na parte superior das ruas de Moçambique e de Angola, estabelecendo ligação entre as mesmas.
MAESTRO DAVID DE SOUSA (Rua)Inicialmente foi denominada de Rua dos Banhos, para, em 1919, ter recebido o nome de Rua Maestro David de Sousa, sendo todavia mais conhecida pela primeira designação. Tem início num pequeno beco existente do lado nascente da Travessa do Circo, prolongando-se até à Avenida 25 de Abril, a poente. David de Sousa foi um músico figueirense de excepcional craveira artística, tendo falecido apenas com 38 anos vitimado pela epidemia pneumónica que grassou em 1918. Estudou na Alemanha, Áustria e Rússia, foi professor da classe de violoncelo na Escola de Música de Lisboa, compositor e regente de orquestra.
MAJOR AVIADOR HUMBERTO CRUZ (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 25-VIII-1981. Situa-se na Urbanização da Quinta do Paço, ficando do lado direito e à entrada daquela urbanização, partindo da Rua Dr. José Rafael Sampaio no sentido norte-sul, não tendo saída. O major aviador Humberto Amaral da Cruz foi um brilhante oficial da nossa Força Aérea. Tomou parte em diversos cruzeiros aéreos, e em 1934 escreveu uma das mais belas páginas da nossa aviação, o raid Lisboa-Timor-Lisboa, tendo percorrido 42.670 quilómetros e gasto mais de 268 horas de voo. Recebeu inúmeros louvores e condecorações nacionais e estrangeiras, entre as quais a Medalha de Prata de Comportamento Exemplar, as Medalhas de Avis e de Cristo, com os graus de Cavaleiro e Comendador, Comendador da Ordem Nitcam-Ifitkar da Tunísia e o grau de Oficial da Ordem Medahula, de Espanha.
MANUEL FERNANDES TOMÁS (Rua)Corre entre a Avenida Saraiva de Carvalho e a Rua da República e o seu trajecto fica compreendido entre o Largo do Dr. Nunes a poente, e a E.N. n.º 109, a nascente. Manuel Fernandes Tomás aos 20 anos concluiu com distinção o seu bacharelato em Cânones. Foi síndico, procurador fiscal e vereador da Câmara da Figueira, juiz de fora em Arganil, superintendente das Alfândegas e dos Tabacos, deputado, jurisconculto e publicista de alto valor. Na luta contra os invasores franceses fez parte da Junta de Defesa da vila da Figueira, e Wellesley confiou-lhe diversas missões de confiança. Foi desembargador honorário da Relação do Porto, organizou o Sinédrio, movimento que libertaria o país do jugo inglês, o que lhe valeu ter sido apodado de "Patriarca da Liberdade". Na Praça 8 de Maio foi-lhe erigida uma estátua em 24-VIII-1911 junto da qual repousam os seus restos mortais, bem como os de seu filho Roque Joaquim Fernandes Tomás.
MANUEL FERNANDES TOMÁS (Travessa da Rua)Por deliberação camarária de 17-IV-1902 foi denominada por Travessa Correia Teles, para depois receber o actual nome de Travessa da Rua Manuel Fernandes Tomás. Estabelece ligação entre a Rua Manuel Fernandes Tomás, a norte e a Avenida Saraiva de Carvalho, a sul.

MÁRIO AUGUSTO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-IV-1995. Fica localizada na zona de Urbanização da Quinta do Viso, tendo origem na Rua Cidade da Praia, estando o seu trajecto projectado (1997) para seguir na direcção poente a fim de ligar à parte superior da Rua do Pinhal, em Buarcos. Mário dos Santos Augusto nasceu nas Alhadas, sendo um pintor de eleição. Estudou em Inglaterra, França, Bélgica e Espanha, tendo obtido muitos prémios e menções honrosas. Foi mestre de pintura na Escola Industrial António Arroio e na Sociedade Nacional de Belas Artes, ambas de Lisboa. Trabalhos seus encontram-se espalhados em diversos museus do país.
MÁRIO AZENHA (Rua)Foi assim, designada por deliberação camarária de 4-VIII-1995. Fica localizada na zona de Urbanização D. Luís l, na perpendicular e a sul da Rua Dr. Ernesto Tomé, não tendo saída, mas possuindo todavia praceta de retorno. Mário Rodrigues Azenha foi um distinto jornalista com colaboração prestada a diversos periódicos diários e semanários, sócio fundador da Associação de Jornalistas de Coimbra e correspondente e inspector da Região Centro de "O Primeiro de Janeiro". Proferiu conferências e escreveu vários livros de teatro, novelas, contos e baladas.
MÁRIO LUÍS DOS SANTOS (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 2-III-1982. Situa-se na Urbanização da Quinta do Paço, e o seu trajecto estende-se desde a parte terminal da Rua Dr. Álvaro Malafaia até à Praça António Sérgio. Mário Luís dos Santos combateu valentemente na I Grande Guerra Mundial onde foi ferido, tendo sido agraciado com a Cruz de Guerra e as medalhas da Vitória, de Comportamento Exemplar e da Campanha de França, e feito prisioneiro pêlos alemães, foi dado como morto. Serviu como bombeiro voluntário durante 53 anos, recebendo inúmeras condecorações, tendo alcançado o posto de Comandante Honorário da Corporação.
MATADOURO (Rua do)Foi assim designada por deliberação camarária de 11-IV-1972. O seu trajecto fica compreendido entre a E. N. n.° 111 a sul, e a entrada principal do matadouro, a norte.


MATO (Rua do)Tem o seu início na Rua das Lamas, a sul, terminando no Largo do Mato, a norte, correndo entre as ruas 10 de Agosto e Vasco da Gama. A partir deste Largo prolonga-se no sentido norte dando origem à Rua da Lapa, que é seu prolongamento natural.
MATO (Travessa do)Foi assim designada por deliberação camarária de 8-V-1902. É mais conhecida pela designação de Ladeirões devido ao seu acentuado declive, situando-se de um lado e de outro da Rua 10 de Agosto, com a qual se cruza. Tem o seu início na Rua da Fé, a poente, terminando na Rua do Mato, a nascente.
MAURÍCIO PINTO (Rua)Em tempos recuados fez parte da Rua da Restauração, e em 5-II-1903 foi denominada Rua da Glória, sendo-lhe atribuído em 7-X-1959 o actual nome de Rua Maurício Pinto. Fica situada entre a Rua Fernandes Coelho, a poente, e a Rua dos Bombeiros Voluntários, a nascente, tendo como prolongamento natural a Travessa da Conceição. Maurício Augusto Águas Pinto foi um figueirense de muito prestígio que legou o seu valioso espólio à Biblioteca Municipal composto de livros, folhetos, fotografias, gravuras, etc. de que era grande coleccionador. Deixou também bastante colaboração escrita em vários jornais, revistas e livros.
MEIO (Rua do)Foi assim designada por deliberação camarária de 27-IV-1972. Situa-se no Bairro da Estação correndo paralela com a E. N. n.º 109, entre esta e a Rua António Pestana Rato. Tem origem no Largo do Bairro da Estação, a sul, em direcção ao norte, não tendo saída. A Rua António Pestana Rato é também conhecida pôr este mesmo nome.
MERCÊS (Rua das)Foi aberta no último quartel do séc. XVII, e o primeiro nome que teve foi o de Rua do Vale do Forno, porque no Largo de S. João existia um forno de poia pertencente à Casa de Tavarede. Também se chamou Rua Nova, Vale da Rua Nova do Forno e Rua Nova do Vale do Forno, surgindo com o nome actual de Rua das Mercês em 1807. O seu trajecto fica compreendido entre a Rua da Restauração, a sul, e a Rua do Hospital, a norte.
MIGUEL BOMBARDA (Rua)De início foi chamada por Rua do Melhoramento para assinalar a construção do Bairro Novo, então denominado Bairro Novo de Santa Catarina, e em 26-X-1910 por deliberação camarária foi designada pelo actual nome de Rua Miguel Bombarda. É o prolongamento natural da Rua Engenheiro Silva a partir do Largo do Coronel Galhardo, a sul, para terminar na Rua do Viso, a norte, dando pôr sua vez seguimento à Rua de Buarcos.
MIGUEL BOMBARDA (Travessa da Rua)Fica paralela e a norte do troço poente da Rua Dr. António Lopes Guimarães e localiza-se na parte terminal da Rua Miguel Bombarda, a nascente e a Rua de Santa Catarina, a poente.
MIRA COELHO (Rua Dr.)Foi assim designada por deliberação camarária de 11-IV-1996. Fica na zona de Urbanização das Abadias, localizando-se no troço ascendente-nascente da Avenida Dr. Joaquim de Carvalho, no sentido sul, não tendo saída, possuindo praceta de retorno. O Dr. Júlio de Mira Coelho Júnior foi funcionário superior da Alfândega da Figueira e muito competente director e professor da Escola Industrial e Comercial desta cidade, onde leccionou diversas disciplinas.
MOÇAMBIQUE (Rua de)Foi assim designada por deliberação camarária de 19-XII-1967. Fica localizada no Bairro então construído dedicado às antigas províncias ultramarinas portuguesas, outrora denominado Bairro do Cruzeiro, também conhecido por Bairro da Caixa. Situa-se entre a Rua Heróis do Ultramar, a sul, correndo paralela pelo lado poente com a Rua de Angola, entroncando na Rua Dr. José Luís Mendes Pinheiro, a norte.
MONSENHOR PALRINHAS (Bairro)Fica situado entre as ruas Dr. José Luís Mendes Pinheiro, a nascente, Dr.ª Cristina Torres, a sul e Agostinho Saboga, a poente, em frente da antiga Casa da Mãe.
MONTE (Travessa do)Foi designada primitivamente por Travessa da Rua Direita. Situa-se desde a Rua Direita do Monte, a sul, e passando ao lado da Sociedade Filarmónica l O de Agosto termina na Rua das Rosas, a norte.
MORIM (Travessa do)Foi assim designada por deliberação camarária de 8-V-1902. É impropriamente designada por travessa, quando se trata de um extenso arruamento que se cruza com quatro ruas: Vasco da Gama, Afonso de Albuquerque, Bartolomeu Dias e Dr. Duarte Silva, mas inicialmente teve origem na Rua Vasco da Gama. O seu trajecto define-se actualmente entre a Rua do Mato, a poente, para terminar o seu percurso na Rua de Coimbra, a nascente. Bento Gonçalves Morim foi um importante negociante da Figueira do séc. XIX, que cedeu gratuitamente à Câmara alguns terrenos naquela zona, os quais posteriormente foram urbanizados.
NOGUEIRA DE CARVALHO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 7-X-1959, ano em que foi aberta. Tem o seu percurso a partir da Rua Dr. Luís Carrisso, a sul, estendendo-se até à Avenida Dr. Joaquim de Carvalho, a norte, à qual tem acesso por uma rampa por lhe ficar em plano superior. O Dr. Frederico Nogueira de Carvalho era formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, tendo exercido clínica no Hospital da Misericórdia e na Figueira durante 52 anos ininterruptamente. Foi um dos fundadores do Museu, Sociedade Arqueológica, administrador da Companhia de Moagens, médico chefe da Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta, presidente da Comissão Figueirense da União Nacional e organizador da Exposição Industrial e Agrícola do Concelho da Figueira realizada em 1901. O Governo concedeu-lhe as insígnias de Comendador da Ordem de Benemerência.
NOVA (Travessa)Chamou-se primitivamente Travessa da União. Corre paralela com as ruas Miguel Bombarda e da Liberdade, encontrando-se localizada entre a Rua Cândido dos Reis, a norte e a Rua Dr. Francisco António Dinis, a sul. O troço norte desta travessa é zona pedonal.
9 DE JULHO (Rua)É o prolongamento natural da Rua da Caridade, com início na Rua Silva e Sousa, a sul, terminando na Rua do Hospital, a norte. 9 de Julho assinala a data em que foi conhecida na Figueira a notícia do desembarque dos 7.500 bravos no Mindelo (8-VII-1832) para libertarem o país do regime absolutista.
OCIDENTAL DO MATADOURO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 11-IV-1972. Localiza-se do lado poente do Matadouro, e, contornando este, encontra-se pelo lado norte, com a Rua Oriental do Matadouro.
OLIVEIRA (Rua da)Na segunda metade do séc. XVIII esta rua era designada por Rua que vai para a Ribeira, idêntico nome que na mesma época tinha o troço ocidental da actual Rua Dr. José Jardim, chamando-se ainda Rua Pública que vai para a Ribeira. Num documento existente na Biblioteca Municipal da Figueira aparece designada como Rua que vai para a Praça vinda detrás dos Paços. A Rua da Oliveira cujo nome parece datar dos princípios do séc. XX, situa-se entre o Largo General Freire de Andrade, a nascente e o Largo do Carvão, a poente, possuindo uma saída para o Cais da Alfândega.
ORIENTAL DO MATADOURO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 11-IV-1972. Localiza-se do lado oriental do matadouro, juntando-se pelo lado norte com a Rua Ocidental do Matadouro.
OTÃO LUÍS (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 4-IV-1995. Fica perpendicular à Rua Mário Augusto, correndo paralela e a nascente com a Rua Carlos Sombrio, situando-se a poente da Rua da Cidade da Praia, na zona de Urbanização da Quinta do Viso. Não tem saída, mas possui praceta de retorno. Otão Luís pertenceu ao corpo docente da Escola industrial e Comercial de Tomás Bordalo Pinheiro, actual Escola Secundária Dr. Bernardino Machado, desta cidade, onde foi competente professor de desenho durante alguns anos, aqui tendo exposto diversos dos seus trabalhos no I Salão de Estética da Figueira em 1940.
PAÇO (Rua do)Entre o Largo 11 de Setembro (actual Largo do Carvão) e o Pátio junto às casas de D. José de Melo (actual Largo Professor António Victor Guerra) existiam diversos armazéns, bem como terras e casas, entre as quais a mais importante era o edifício do Paço. Denominava-se então Rua dos Fornos, por nela existirem diversos fornos, os quais, como os da antiga Rua dos Malheiros eram também pertença da Casa de Tavarede, para depois se chamar Rua que vai para a Cadeia. O seu trajecto fica compreendido entre o Largo do Carvão, a sul, tendo como prolongamento natural a Rua da Cadeia, e ao encontrar-se com esta flecte para a direita, terminando no Largo da Igreja no ponto em que se junta à Rua Fresca, a norte.
PAÇO (Travessa do)Situa-se do lado nascente do edifício do Paço, estendendo-se entre o Largo do Paço, (actual Largo Prof. António Victor Guerra), a norte e a Rua 5 de Outubro, a sul.

PARREIRAS (Rua das)Conserva este nome desde os princípios do séc. XVIII, que foi o seu nome de origem. Tem o seu início na Rua da Oliveira, a sul, e segue em direcção ao Largo da Igreja, terminando na parte superior da Travessa de S. Julião, no mesmo local em que esta se encontra com aquele largo, a norte.

PINHAL (Rua do)Denominou-se primitivamente Estrada de Tavarede, Estrada para Tavarede, Serras Quiaios, Estrada da Figueira para Quiaios, para ser depois Rua do Norte e Rua Nova, e nos finais do séc. XIX tinha o seu começo na Rua da Misericórdia (actual Rua Visconde da Marinha Grande) cujo troço inicial se chamou Rua do Sol. Actualmente denomina-se Rua do Pinhal e tem origem no enfiamento da Avenida Dr. Joaquim de Carvalho, a sul, estendendo-se até ao Largo do Pinhal, a norte. Este arruamento estende-se até aos Quatro Caminhos tendo ainda recebido no seu prolongamento os nomes de outras duas ruas: Dr. José Luís Mendes Pinheiro e José da Silva Ribeiro, sendo também conhecida por Estrada de Tavarede.
POETA ACÁCIO ANTUNES (Rua)Foi designada por Rua da Indústria e Rua 20 de Setembro para, em 17-IV-1902 ter passado a denominar-se Rua da Amoreira, e finalmente, em 1927 Rua Poeta Acácio Antunes. Tem origem na Rua Engenheiro Silva, a sul, e a Rua Dr. Francisco António Dinis, a norte. Acácio Graciano Antunes Brás foi um brilhante jornalista, teatrólogo, escritor e poeta figueirense de grande mérito, tendo escrito cerca de 60 obras sobre teatro, nomeadamente, comédias, revistas, cançonetas, óperas cómicas e operetas, sendo autor do conhecido monólogo "O Estudante Alsaciano".
PRAIA DA FONTE (Rua da)Situa-se entre o Largo Pereira das Neves (antigo Largo da Praia da Fonte) e o início da Rua Cândido dos Reis. Primitivamente estendia-se por todo o lado nascente do Mercado Engenheiro Silva, no troço que é hoje designado por Passeio infante D. Henrique.
PROFESSOR JOÃO DE OLIVEIRA COELHO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 25-VIII-1981. Situa-se na Urbanização da Quinta do Paço e corre do lado nascente e paralela com a Rua major aviador Humberto Cruz, não tendo saída. O professor João de Oliveira Coelho foi um dos fundadores da Igreja Evangélica da Figueira, religião que abraçou desde criança, tendo aberto uma escola primária gratuita dedicada ao ensino e à evangelização. Foi um brilhante pedagogo, investigador e historiador, tendo escrito inúmeros artigos em toda a imprensa local, e feito parte de várias colectividades, associações de beneficência e de instrução.
PROVIDÊNCIA (Rua da)Existe desde 1787, tendo sido designada primeiramente por Rua Direita, Rua Direita dos Cordoeiros ou somente Rua dos Cordoeiros e ainda por Rua da Boa Vista e Rua de S. Sebastião. É o prolongamento da Rua dos Cravos, e o seu trajecto define-se entre o enfiamento da Rua Augusto Veiga, a sul e a Rua do Hospital, a norte.

RAIMUNDO ESTEVES (Rua)Foi designada primitivamente por Travessa da Concórdia e posteriormente Travessa da Amoreira, ficando localizada entre a Rua Bernardo Lopes, a poente, e a Rua Poeta Acácio Antunes, a nascente. Raimundo Esteves Pereira Júnior foi um distinto escritor, poeta e jornalista figueirense, autor de vários romances, novelas e peças de teatro, com colaboração dispersa em diversos jornais, tendo obtido alguns prémios literários.
REPÚBLICA (Rua da)Inicialmente era conhecida por Lamas ou Casal das Lamas e mais tarde foi designada por Rua do Príncipe Real ou Rua do Príncipe, e após a queda do regime monárquico em 5-X-1910 passou a ter a designação actual de Rua da República. O seu percurso define-se entre a E. N. n.º 109, a nascente e a entrada da Praça 8 de Maio, a poente.
RESTAURAÇÃO (Rua da)Inicialmente o seu trajecto fez parte da Travessa da Conceição, tendo sido chamada por Rua que vai para o Convento e depois por Rua Direita, para em 5-II-1903 ser denominada de Rua da Restauração. Ficava então compreendida entre a Rua Formosa (actual Rua Fernandes Coelho), a poente, e a Rua 9 de Julho, mas posteriormente tripartiu-se, passando a ser Rua Maurício Pinto entre as ruas Fernandes Coelho e Bombeiros Voluntários, Travessa da Conceição entre esta e a dos Combatentes da Grande Guerra, para manter a designação inicial de Rua da Restauração entre esta última, a poente, e a Rua 9 de Julho, a nascente.
ROGÉRIO REYNAUD (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 18-X-1994. Localiza-se na Urbanização da Quinta do Viso, correndo paralela pelo lado sul da Rua do Rancho das Cantarinhas, com entrada e saída pôr esta mesma rua. Rogério Reynaud foi um pintor de excepcional craveira artística que pintou cenários para grande parte das colectividades do concelho, quase nunca se fazendo pagar pelo seu trabalho. Durante mais de 30 anos foi o pintor privativo do Grande Casino Peninsular, actual Casino da Figueira, para o qual fez as mais belas decorações.
ROSAS (Rua das)Em 1786 denominava-se Rua Nova que vai para as Lamas, Rua Nova do Monte, ou apenas Rua Direita, mas em 1803 já era conhecida pela designação actual de Rua das Rosas. Estende-se desde a Rua dos Cravos, a poente até à Rua do Mato, a nascente cruzando-se com a Rua 10 de Agosto. Foi nesta rua que em 1907 teve origem o "Rancho das Rosas", que dela tomou o nome.
ROSAS (1.ª Travessa da Rua das)Situa-se do lado norte da Rua das Rosas, próximo da Travessa n.° 2 e da sede da Sociedade Filarmónica 10 de Agosto, a sul, até um pequeno largo onde convergem as ruas das Canas, Fé, Esperança e Caridade, a norte, estando localizada a poente da Travessa n.º 2.
ROSAS (2.ª Travessa da Rua das)Situa-se do lado norte da Rua das Rosas, próximo da Travessa n.º 1 e nas imediações da Sociedade Filarmónica 10 de Agosto, a sul, em direcção a um pequeno largo onde convergem as ruas das Canas , Fé, Esperança e Caridade, a norte, estando localizada a nascente da Travessa n.º 1.
SANTA CATARINA (Rua de)Fica situada entre a Rua Maestro David de Sousa, a sul, e correndo paralelamente entre a Avenida 25 de Abril e a Rua Miguel Bombarda, no seu troço final flecte para nascente, terminando na Rua de Buarcos, a norte.
SANTOS ROCHA (Rua Dr.)Durante largos anos foi conhecida como Rua de Santo António, mas anteriormente teve as seguintes designações: Caminho ou Estrada Pública que vai para Santo António, Caminho para o Convento de Santo António, Estrada Pública de Santo António, Estrada Pública que vai para Santo António, Rua Direita que vai para o Convento de Santo António, Rua que vai para Santo António, ou Rua para Santo António, nome por que era conhecida em 1737, para também ser ainda designada por Caminho de Tavarede. Em 1740 estando já calçada passou a designar-se por Calçada que vai para Santo António, tendo também chegado a chamar-se Rua que vai de Santo António para o lugar da Figueira o que pressupõe que a povoação ficaria distante do convento. O nome de Rua de Santo António aplicava-se ainda à Rua da Misericórdia (actual Rua Visconde da Marinha Grande), cujo percurso se estendia desde essa rua, passando pela parte norte da Rua José da Silva Fonseca (antiga Rua da Lomba), Rua dos Bombeiros Voluntários (antiga Rua da Bica), até entroncar na Rua Fernandes Coelho (antiga Rua Formosa), dando-se até o caso de, quando designada por Estrada ou Rua para Santo António, ser confundida com estas. Em 26-X-1910 foi chamada de Rua Ferrer e em 28-VII-1911 recebeu o nome actual de Rua Dr. Santos Rocha, mas esta designação não foi bem aceite pelos seus moradores que se opunham à mudança do nome, então de "Santo António" para "Dr. Santos Rocha", uma vez que "aquele antigo e histórico nome vem dos séculos XVI e XVII e da primitiva povoação da Figueira". O seu trajecto fica compreendido entre a Rua Visconde da Marinha Grande, a norte, e a Rua Dr. José Jardim, a sul, mas em tempos idos chegou a estender-se até à Rua Detrás da Alfândega, tendo este troço mais tarde, passado a designar-se por Rua do Estanco, nome que actualmente mantém. O Dr. António dos Santos Rocha foi um figueirense de muito valor. Advogado distinto, provedor da Santa Casa da Misericórdia, arqueólogo de reconhecidos méritos, publicou diversos livros de investigação acerca das suas inúmeras descobertas arqueológicas, presidente da Associação Comercial, presidente da Câmara Municipal da Figueira e patrono do Museu Municipal que fundou e foi aberto ao público em 6-V-1894.
SÃO JOÃO DE DEUS (Rua)Localiza-se a nascente da Rua Joaquim Sotto Mayor, correndo paralela do lado sul com o troço inicial da Avenida Dr. Joaquim de Carvalho, sendo o seu percurso compreendido entre aquela rua, a poente, e a rua Dr. Nogueira de Carvalho, a nascente.

SEVERO BISCAIA (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 19-XII-1995. Fica localizada do lado poente e na parte superior da Rua 10 de Agosto, e o seu trajecto estende-se entre esta mesma rua, a nascente e a Rua Visconde de Sousa Prego, a poente. Severo da Silva Biscaia foi provedor da Santa Casa da Misericórdia da Figueira, vereador da Câmara Municipal da Figueira e presidente da Comissão Municipal de Turismo durante 14 anos, ensaiador teatral e actor de reconhecidos méritos, director, editor e colaborador de diversos jornais figueirenses. O Ginásio Clube Figueirense de que foi também devotado director e praticante de remo, homenageou-o dando o seu nome à casa dos barcos, na Avenida Saraiva de Carvalho. A Câmara Municipal da Figueira atribuiu-lhe a Medalha de Ouro da cidade.
SILVA E SOUSA (Rua)Em 10-V-1911 foi designada por Rua de S. Sebastião, para nos finais do séc. XVIII ser conhecida por Fim da Rua dos Ferreiros. Fica localizada entre a Rua da Providência, a poente, e a Rua da Fé, a nascente. Joaquim da Silva e Sousa Júnior foi um considerado comerciante figueirense, tendo auxiliado todas as iniciativas tendentes a unir e educar a classe operária, foi vereador da primeira Câmara Municipal após a proclamação da República, auxiliou os Bombeiros Voluntários, sendo um cidadão exemplar. O operariado reconhecido fez gravar na lápide da rua que tem o seu nome a seguinte designação: "Homenagem do Operariado Figueirense".
SOL (Rua do)Foi assim designada por deliberação camarária de 18-X-1985. Situa-se no Bairro da Bela Vista, entre a Rua Visconde da Marinha Grande, a poente e a Rua da Bela Vista, em direcção à Escola, a nascente.
SPORTING CLUBE FIGUEIRENSE (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 27-XII-1971. Localiza-se na zona desportiva da cidade e fica do lado sul do Estádio Municipal José Bento Pessoa, entre a Rua Associação Naval 1.° de Maio, a norte e a Rua Dr.ª Cristina Torres, a sul, passando pelo lado nascente da Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho.
TIMOR (Rua de)Foi assim designada por deliberação camarária de 19-XII-1967. Situa-se entre a Rua da Índia, a norte e a Rua Gonçalo Velho, a sul, em sentido paralelo com a Rua Heróis do Ultramar, no bairro dedicado às antigas províncias, ultramarinas portuguesas chamado Bairro do Cruzeiro, também conhecido pôr Bairro da Caixa.
31 DE JULHO (Rua)Até 1771 chamou-se Rua dos Tropeções ou Ladeira dos Tropeções, para em 23-VIII-1911, passar a ser Rua de Quebra Costas devido ao facto de ser bastante íngreme, para mais tarde ser designada por Ladeira do Monte, e por deliberação camarária de 16-IV-1941 foi denominada por Rua 31 de Julho, a data em que nessa mesma rua nasceu Manuel Fernandes Tomás. Tem origem na Ladeira do Monte através de uma escadaria, a sul, terminando na parte superior da Rua dos Cravos, a norte, com a qual converge no enfiamento da Rua Augusto Veiga.
VÁRZEA (Rua da)Foi assim designada por deliberação camarária de 18-XII-1996. É o prolongamento natural da Ladeira da Várzea, a norte, e a Rua Angelo de Carvalho, a sul.
VASCO DA GAMA (Rua)Corre paralela e a poente com a Rua Afonso de Albuquerque e, como esta, tem origem na Avenida Saraiva de Carvalho, a sul, terminando na Avenida Dr. Francisco Lopes Guimarães, a norte. Em tempos não muito longínquos prolongou-se para norte até ao limite dos terrenos agora ocupados pelo quartel da E.P.S.T.

28 DE INFANTARIA (Rua)Em 1796 era designada por Caminho da Fonte da Lapa, e em 6-X-1926 passou a chamar-se Rua 28 de infantaria, por ao tempo, estar aquartelado, nesta cidade o Regimento de Infantaria 28. É o prolongamento natural da Rua do Hospital, tendo origem a partir da Rua 10 de Agosto, a poente, para terminar na Avenida Dr. Francisco Lopes Guimarães, a nascente.
VIOLINDA MEDINA (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 6-III-1985. A estrada de Tavarede no troço compreendido entre os Quatro Caminhos e o edifício do Paço, foi designada de Rua Violinda Medina, uma distinta amadora teatral nascida em Tavarede, que durante mais de 50 anos esteve ao serviço da Sociedade de Instrução Tavaredense. Ganhou diversos prémios e menções honrosas, tendo recusado convites que lhe foram feitos para ingressar no Teatro Profissional.
VISCONDE DA MARINHA GRANDE (Rua)De início era denominada Rua da Misericórdia, tendo recebido a actual designação em 23-I-1967. Estende-se desde o cimo da Rua Dr. Santos Rocha, a nascente, até à Rua Fernandes Coelho, a poente. Afonso Ernesto de Barros foi um importante comerciante local e como Provedor da Santa Casa da Misericórdia mandou construir a expensas suas o pavilhão da enfermaria das mulheres. Foi Presidente da Associação Comercial e da Assembleia Figueirense, Director do Montepio Figueirense, um dos fundadores do Jardim Escola João de Deus, vereador da Câmara Municipal da Figueira, Presidente do Senado, cônsul do Brasil e da França e um dos fundadores da empresa construtora do teatro Príncipe D. Carlos, devorado por um incêndio em 1914.
VISCONDE DE SOUSA PREGO (Rua)Foi assim designada por deliberação camarária de 27-XII-1971. Fica situada no prolongamento da Rua 9 de Julho em direcção ao norte, com início na Rua do Hospital, até às proximidades da Rua Heróis do Ultramar, não tendo saída, mas possuindo uma praceta de retorno. Ezequiel de Sousa Carneiro Prego foi nomeado Visconde de Sousa Prego por Decreto de 10-V-1894. Organizou diversos campeonatos de remo, sendo um grande sustentáculo da Associação Naval 1.º de Maio, da qual foi presidente. Grande benemérito, instituiu um legado denominado "Prémio da Liberdade" extensivo a todo o país destinado a galardoar os professores primários que obtivessem o maior número de aprovações entre os seus alunos.
VISO (Rua do)Foi designada primitivamente por Monte de Viso. Estende-se desde o ponto de convergência das ruas da Liberdade, Joaquim Sotto Mayor, da Fonte e Dr. Luís Carrisso, a nascente para terminar na Rua de Buarcos, que é prolongamento natural da Rua Miguel Bombarda, a poente.
VISO (Travessa da Rua do)É uma larga e curta travessa que se situa do lado poente do Coliseu Figueirense, estabelecendo ligação entre o arruamento circundante deste, a nascente e a parte terminal da Rua do Viso, a poente.

1 comentário:

  1. Nesta Toponímia, está assim:
    "MAJOR AVIADOR HUMBERTO CRUZ (Rua) (...) partindo da Rua Dr. José Rafael Sampaio no sentido norte-sul, não tendo saída."
    Já há bastantes anos que esta rua TEM saída, para a Rua Prof. João Oliveira Coelho, a sul.
    Se fosse possível agradecia a respectiva correcção.
    Com os meus cumprimentos,
    Filipe Freitas
    topazio1950@gmail.com

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